7.18.2016

Eu ouvi seu poema.

Te dei ouvidos, mesmo não sabendo.
Ouvi sua gravação, deste poema tão lindo que me entregou.

Mas o amor é sorrateiro, meu bem.
E ele tem razão.
Se fosse fácil você não iria querer.
Não ia ter tido graça, quiçá não teria este poema.
Ou o seu.

Quem te ter, será princesa, meu amor.
Mas eu nunca nasci pra isso.

Até pra ser amada precisa de coragem.
E pra amar sou incapaz.

Sou das paixões entregues.
Mas você, sempre preferiu gostar da existência que do corpo.

E veja só.
Tá poeta formado.
Sem implicações ou ajuda de sobrenomes.

E eu:
Carne.
Osso.
Fratura exposta.
Sujando nomes em troca de versos.

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